13 de jan. de 2011

2011: O ano da minha vida.

Feliz ano novo meus queridos leitores.
É claro que quem me conhece sabe que eu não sou dado a estas efemérides. De verdade mesmo eu sou um chato de galocha, e me sinto cada vez mais insuportável na medida em que vou envelhecendo. As efemérides, tão importantes na nossa infância acabam por perder toda a importância numa determinada fase da nossa vida, principalmente quando esta fase se encontra depois dos quarenta.
Fazer parte desta faixa etária é uma verdadeira merda! De verdade. Nada tem mesmo graça, tudo é medíocre. Tudo é perda de tempo. Tudo é exercício da pieguice. Uma chatice sem tamanho. O Papai Noel não passa de um velho babaca e o coelho da páscoa um bicho esquisito, pois não deveria botar ovo, muito menos de chocolate.
Pior mesmo é a besteira do amigo secreto. A gente nunca tira o tal amigo, normalmente o inimigo, e ainda tem que dar presente para o insuportável e abraçá-lo com aquela cara de merda que a ocasião exige.
No último domingo fui impelido a ir a um aniversário de um ano do primo da minha namorada, (esqueci de dizer que estou namorando... parece incrível, mas falaremos sobre isto mais abaixo), e consegui ser um chato em plena festa. Mas ora bolas, que bosta de festa é uma festa de primeiro aniversário num Buffet. Um monte de adulto tentando ser mais feliz e alegre que realmente seja. Na verdade todos estão mesmo é falando mal da vida dos outros, reparando nas vestimentas uma das outras, no penteado, bombardeando o esforço medíocre de mães e pais sem o mínimo de talento para brincadeiras idiotas lideradas por gente mais idiota ainda, ou palhaços sem graça alguma, - não é à toa que a maioria das pessoas são clownofóbicos.
Ou seja, não é uma festa para gente adulta e séria comparecer. E se ali estão, é somente para ser chato, ou por excesso ou por ser chato mesmo por talento inato, como eu.
Eu sei que sou um chato, mas pelo amor de deus, - com letra minúscula mesmo, pois sou ateu, graças a deus – estas efemérides poderiam ser mais bem aproveitadas. Digam vocês, para que dar presentes para uma pessoa que faz 50 anos de idade. Uma pessoa que faz um aniversário infame destes merece pêsames, não presentes. É uma merda fazer 50 anos. Meio século de uma vida mal vivida, frustrada e sem graça nenhuma.
Enfim, estou cada vez mais cáustico, como diz a Raquel, minha namorada, que, a propósito não sei mesmo como está me agüentando.
Entretanto, este ano de 2011 faço 48 anos, mas numa efeméride diferenciada, afinal farei aniversário em 11-11-11, ou seja, uma data que dificilmente verei em 2111 – dificilmente... eh eh eh – assim, elegi esta data como uma data expressiva para a minha vida, e este ano como importante, mais que os outros para a minha estabilidade enquanto ser humano, financeira e social. Tanto que estou aprendendo a usar as redes sociais, e dou pitacos nas bobagens que gente séria escreve não que seja séria as coisas que escrevem, na verdade são banalidades. É óbvio que me sinto uma besta mandando recadinhos e comentários no FACEBOOK e no ORKUT, mas vamos lá...
Estou meio com medo de me tornar um velho rabugento e ranzinza, mas tenho percebido que isto não acontecerá, mesmo porque, rabugento e ranzinza eu já sou. Dramático, chorão, bestamente emotivo, - afinal, eu consigo chorar assistindo “Uma linda mulher”. Assim, acho que pior não deve ficar.
Vamos lá. Afinal o Brasil tem muito para me fazer rir este ano. Dilma é presidente, Tiririca é deputado Federal, eu continuo desempregado e meu jornal não engrena.
Mas como eu gosto sempre de lembrar, NÃO EXISTE NADA QUE UM BOM SUICÍDIO NÃO RESOLVA.

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